Índia, um amor para recordar...

De todos os lugares por onde passei, por onde andei, a Índia, sem dúvida, criou raízes em meu coração, nas minhas memórias. O cheiro do cardamomo impregnando o ar, o sorriso das crianças, a música tocando em cada esquina, as cores, os sabores, os aromas... Não me lembro de ter visto pelas ruas, mulheres com as mesmas estampas em suas roupas. Uma infinidade de padrões, de pedrarias, de tons... Compensa todas as horas de voo, as escalas, o café aguado nos aviões , as turbulências. Na Índia, eu finalmente entendi aquela expressão "é de tirar o fôlego" em uma vista ao Templo de Ouro em Amritsar. Depois de seguir, a pés descalços, por um caminho estreito, repleto de vendedores e suas barracas, você se depara com um córrego para lavar seus pés. Em seguida uma escadaria de mármore branco. Quando se termina de subir as escadas, acontece a mágica: sua visão se abre sobre uma construção gigantesca e branca, cercando um lago, onde repousa, no centro dele, o Templo de Ouro. Exatamente aí que o ar entrou fundo nos meus pulmões e saiu deslumbrado. Foi de tirar o fôlego. Os homens com seus turbantes enormes, de várias cores, anunciam que  você está no Estado de Punjab. Ali, ao redor do Templo, servem comida 24 horas por dia, para quem tiver fome, independente de clero, de raça ou de qualquer outra coisa que nos diferencie um dos outros. Naquele pedacinho da Índia, isso não importa. O mais valioso é que você esteja alimentado, fortalecido, renovado.
 

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